segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

ENCONTROS E DESENCONTROS


















Quando o brilho do olhar vestiu-se em luto

Uma lágrima rolou por minha face

Já não tenho sequer um atributo

Pra o fim que se deu no nosso enlace

Apaguei da memoria os seus gemidos

E também meus olhares atrevidos

Quando às vezes você se aproximava

Eu não sei em qual ponto do trajeto

Nós perdemos assim, tão por completo.

Esse amor que a gente cultivava.



Eu perdi a mulher que eu tanto amava

A mulher que eu amava me perdeu

Essa perda eu nunca imaginava

Não sei quem perdeu mais, se ela ou eu.

Só ficou seu perfume pela casa

A saudade queimando feito brasa

O orgulho tampando nossas vistas

Toda noite me vem à recaída

A angústia com a cama é dividida

Essa dor que é perversa e egoísta.



Me tornei esse ser tão pessimista

Orgulhoso, medroso e vulnerável.

E por mais que meu coração insista

Eu sequer voltarei a ser amável

Me contaram que ela às vezes chora

Do seu peito, tentou arrancar fora.

Esse amor que ela tem, mas foi em vão.

Eu também já pensei em esquecê-la

Mas não posso viver sem minha estrela

Desse jeito, o culpado é o coração.



Mergulhado num mar de solidão

Velejando no barco da saudade

Dois amantes sofrendo sem razão

Só por causa de orgulho e vaidade

Decidi, vou tomar uma atitude.

Sendo assim, pode ser que ela mude.

E me aceite de volta novamente

Esquecendo as besteiras do passado

E vivendo de novo lado a lado

Com certeza será bem diferente.



-Henrique Brandão-

(Serra Talhada - 18/02/2013)

10 comentários:

  1. Muito bom Henrique, sempre nos orgulhando!
    abraço

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  2. Um forte abraço meu amigo Thiago Freire, a nossa cultura merece sim, todo esforço possível.

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  3. "Eu também já pensei em esquecê-la
    Mas não posso viver sem minha estrela
    Desse jeito, o culpado é o coração."

    Poeta véi sem coração, armaria..

    Grande!

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  4. Acompanho sempre seus versos! Muito bons, adoro! :)

    Que nunca lhe falta inspiração...

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  5. Muito obrigado minha amiga Neuzinha. Forte abraço!

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  6. Eita poeta arretado!
    Belos versos, Brandão!

    Forte abraço!

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