quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Deus fez aqui no sertão / Um pedacinho do céu
O galho onde a ave canta
A sua cantiga santa
O som da sua garganta
É doce igualmente mel
Vejo um lindo carrossel
De folhas caindo ao chão
Deus fez aqui no sertão
Um pedacinho do céu.
Quando vejo as borboletas
Girando igual carrapetas
Bailando em meio as rosetas
Com estrema maestria
Celebrando a alegria
Do seu oficio divino
É um verso puro e fino
Na asas da poesia.
O luar do meu sertão
traz fogo, luz e paixão
Do firmamento pra o chão
Tudo é frágil, manso e belo
Fiz desse chão meu castelo
Onde reina a lira pura
O idioma é cultura
A humildade é o elo.
Um sabiá mensageiro
Na sombra de um juazeiro
Ouve o cantar de um vaqueiro
Contempla um mandacaru
Se arenga e sem tabu
Digo sem hipocrisia
Deus semeou poesia
Nas águas do Pajeú.
-Henrique Brandão-
(Serra Talhada - 10/10/2013)
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
SHOW DE POESIA EM SERRA TALHADA
Grande espetáculo de poesia amanhã dia 27, no Forró do Matuto. Lançamento do CD Retrato 3 x 3 dos poetas Alexandre Morais, Genildo Santana e Zé Adalberto. Logo após show com Henrique Brandão e Grupo Forró e Poesia.
sábado, 14 de setembro de 2013
HOMENAGEM A DEDÉ MONTEIRO
Tudo que se escreva ou se diga a respeito de Dedé Monteiro, ainda é pouco, diante de tamanha importância de Dedé para nossa cultura, mas mesmo assim me atrevi a parabenizar nosso mestre com este singelo soneto.
Parabéns mestre Dedé!
Não há rima nem glosa que defina
A grandeza da obra de Dedé
Sua verve tem graça, amor e fé
Mar de versos com água cristalina
Seus conselhos são dádivas divinas
Tudo que me falou, ainda lembro
Mas foi Deus que em treze de setembro
Nos mandou esta obra, rara e fina
Seus cabelos por hora prateados
Tem centenas de versos declamados
Que Dedé escreveu com maestria
Então Deus perguntou a São José:
A cultura é parente de Dedé?
Ou Dedé é irmão da poesia?
-Henrique Brandão-
(Serra Talhada - 13/09/2013)
sábado, 24 de agosto de 2013
TODO AMOR QUE SE CRIA EM BASE FORTE / TEM POR SORTE O SABOR DA ETERNIDADE
UM PUNHADO DE COISAS MAL
CONTADAS
SEM SUCESSO, POIS TUDO DE MAIS, SOBRA
É O MESMO QUE ASAS NUMA COBRA
QUEM DEU ASAS RECEBE SÓ PICADAS
NUNCA BEBA DA FONTE ENVENENADA
NEM CONSTRUA AMOR COM FALSIDADE
POIS AREIA NÃO AGUENTA TEMPESTADE
E CASTELO RUIM NÃO DÁ SUPORTE
TODO AMOR QUE SE CRIA EM BASE FORTE
TEM POR SORTE O SABOR DA ETERNIDADE.
SEM SUCESSO, POIS TUDO DE MAIS, SOBRA
É O MESMO QUE ASAS NUMA COBRA
QUEM DEU ASAS RECEBE SÓ PICADAS
NUNCA BEBA DA FONTE ENVENENADA
NEM CONSTRUA AMOR COM FALSIDADE
POIS AREIA NÃO AGUENTA TEMPESTADE
E CASTELO RUIM NÃO DÁ SUPORTE
TODO AMOR QUE SE CRIA EM BASE FORTE
TEM POR SORTE O SABOR DA ETERNIDADE.
SÓ PROMETA O QUE PUDER
CUMPRIR
POIS MENTIRAS SÓ CAUSAM DESALENTOS
AS PALAVRAS LANÇADAS AO RELENTO
SÃO MENTIRAS CONTADAS PARA SI
TEM MOMENTOS QUE É BOM SOMENTE OUVIR
ISSO CRIA TOTAL CUMPLICIDADE
SE VOCÊ ENCONTROU SUA METADE
CUIDE BEM, POIS VOCÊ TEM MUITA SORTE
TODO AMOR QUE SE CRIA EM BASE FORTE
TEM POR SORTE O SABOR DA ETERNIDADE.
POIS MENTIRAS SÓ CAUSAM DESALENTOS
AS PALAVRAS LANÇADAS AO RELENTO
SÃO MENTIRAS CONTADAS PARA SI
TEM MOMENTOS QUE É BOM SOMENTE OUVIR
ISSO CRIA TOTAL CUMPLICIDADE
SE VOCÊ ENCONTROU SUA METADE
CUIDE BEM, POIS VOCÊ TEM MUITA SORTE
TODO AMOR QUE SE CRIA EM BASE FORTE
TEM POR SORTE O SABOR DA ETERNIDADE.
QUANDO O SOL DO AMOR NASCER
BEM CEDO
UM SEGREDO DE AMOR QUE TEM NO PEITO
OLHE O LEITO DE AMOR SEM TER DEFEITO
DE TAL JEITO, NÃO HAVERÁ SEGREDO
TARDE OU CEDO ENFRENTE TODO O MEDO
NÃO EXISTE UMA DOR COMO A SAUDADE
MAS SE A BUSCA FOR POR FELICIDADE
SÃO OS SONHOS DE AMOR O SEU TRANSPORTE
TODO AMOR QUE SE CRIA EM BASE FORTE
TEM POR SORTE O SABOR DA ETERNIDADE.
UM SEGREDO DE AMOR QUE TEM NO PEITO
OLHE O LEITO DE AMOR SEM TER DEFEITO
DE TAL JEITO, NÃO HAVERÁ SEGREDO
TARDE OU CEDO ENFRENTE TODO O MEDO
NÃO EXISTE UMA DOR COMO A SAUDADE
MAS SE A BUSCA FOR POR FELICIDADE
SÃO OS SONHOS DE AMOR O SEU TRANSPORTE
TODO AMOR QUE SE CRIA EM BASE FORTE
TEM POR SORTE O SABOR DA ETERNIDADE.
AUTOR: HENRIQUE BRANDÃO
MOTE: FLÁVIO LEANDRO
MOTE: FLÁVIO LEANDRO
quinta-feira, 18 de julho de 2013
INSANIDADE
Baseado em uma frase de Renato Russo, eu disse:
INSANIDADE
Uma sombra agonizante
Tingiu de negro meus sonhos
Esses meus olhos tristonhos
Traduzem bem meu semblante
O meu peito delirante
Reagiu contra a vontade
Devolveu-me a claridade
De repente eu me encontrei
Meu equilíbrio eu ganhei
Cortejando a insanidade.
Eu vivi de uma só vez
Tudo de ruim que há no mundo
E em menos de um segundo
Tudo isso se desfez
Recobrei a lucidez
Parei na realidade
Escrevi minha verdade
Nos caminhos que passei
Meu equilíbrio eu ganhei
Cortejando a insanidade.
A vida me encurralou
Me fez diversas propostas
Eu só encontrei respostas
Depois que o dia acordou
Um raio de sou entrou
Na janela da saudade
Eu por ingenuidade
Somente me machuquei
Meu equilíbrio eu ganhei
Cortejando a insanidade.
Pra ser normal da cabeça
Confesso, conheço poucos
Mas o céu azul dos loucos
Duvido que alguém conheça
Duvido é que alguém mereça
Esse céu de liberdade
se liberte, quebre as grades
Quebre as coroas do rei
Meu equilíbrio eu ganhei
Cortejando a insanidade.
-Henrique Brandão-
(Serra Talhada - 16/07/2013)
sexta-feira, 22 de março de 2013
SE TEU BEIJO TEM GOSTO DE SAUDADE / IMAGINA O QUE VEM DEPOIS DO BEIJO
No mote do magnífico poeta Zé Adalberto, eu disse:
De repente os olhares se entrelaçam
Minha voz fica um pouco estremecida
Ofuscado com a luz que é refletida
As imagens na mente que repassam
Num segundo seus braços me abraçam
Doce encanto, que então, vira desejo
Você chega sorrindo e faz gracejo
E o encanto se faz realidade
Se teu beijo tem gosto de saudade
Imagina o que tem depois do beijo.
-Henrique Brandão-
sábado, 9 de março de 2013
"OS BRASIS"
Eu conheço dois
"Brasis"
Um é forte e tem renome
O outro vive infeliz
Não estuda e passa fome
Um vive de propaganda
O outro descalço anda
Pisando a lama do chão
Esse sofre muitas dores
O outro ao vivo e em
cores
Passa na televisão.
O Brasil da seleção
Da copa e do carnaval
É o Brasil do mensalão
Na capital federal
O Brasil dos excluídos
Nunca será aplaudido
Pois nunca será
mostrado
Não vejo mais horizontes
No Brasil dos
"Belo Montes"
E dos estádios
lotados.
Nosso dinheiro é gastado
Nessas obras elitistas
O Nordeste é separado
Da cúpula capitalista
Onde muitos fanfarrões
Exploram religiões
Seja de qual credo for
Usam o santo nome em
vão
Só pra arrancar da
nação
O restinho de valor.
Nossa mídia é sem pudor
Falsa e sensacionalista
Por isso que essa dor
Invade esse repentista
Notícias são maquiadas
Algumas nem são
mostradas
Da forma que aconteceu
Não sou e nunca fui
bobo
O Brasil da "Rede Globo"
Não é o mesmo que o
meu.
-Henrique Brandão-
(Serra Talhada – 09/03/2013)
domingo, 24 de fevereiro de 2013
MEU PAÍS
O Brasil dos Renans e
dos Sarneys
É o mesmo que ama o
futebol
O país que tem praia e
luz do sol
É o mesmo, onde alguns
não cumprem leis.
O Brasil onde o pobre
não tem vez
É o mesmo onde o rico
deita e rola
O país onde o povo pede
esmola
É o mesmo onde a
"Globo" manda em tudo
O Brasil onde o povo
vive mudo
E o povo correndo atrás
de bola.
O Brasil dos seus
grandes carnavais
É o mesmo que o povo
passa fome
O Brasil de prestígio e
de renome
É o mesmo, onde matam animais.
O país que destrói seus
matagais
É o mesmo que rouba sem
preguiça
Igualmente urubu sobre
a carniça
Assim fica o governo
sobre o povo
Entra ano, sai ano, e
nada é novo.
Eu não sei onde tá a
tal justiça.
Ê Brasil, para ti não
tem mais jeito.
Por você não derramo o
meu suor
É assim de pior para
pior
Vai ficando o povão
insatisfeito
Mesmo eu, esse ser tão imperfeito.
Não pretendo dar uma de
juiz
Mas às vezes você se
contradiz
Acoberta e esconde seus
ladrões
Diga aí meu Brasil, por
quais padrões.
Você quer que eu te
chame meu País.
-Henrique Brandão-
(Serra Talhada – 24/02/2013)
SEJA HUMILDE, VALE A PENA / NÃO CUSTA NADA, É DE GRAÇA
Trate o outro com
respeito
Seja justo e educado
Pois só será respeito
Se agires desse jeito
Vá atrás dos seus
direitos
Nunca queira ganhar
taça
Vá lá simplesmente e
faça
Haja de forma serena
Seja humilde, vale a
pena
Não custa nada é de
graça.
Dê ajuda a quem precisa
Carinho a quem tá
carente
Um abraço simplesmente
Uma saudade ameniza
Pois a vida não avisa
Ela simplesmente passa
Num mundo de fé escassa
Nenhuma fé é pequena
Seja humilde, vale a
pena
Não custa nada é de
graça.
Se um cão passa na rua
Pare o carro, dê
passagem
Continue sua viagem
Como a vida continua
É uma vida como a sua
Que não merece trapaça
A diferença é a raça
Mas a atitude é plena
Seja humilde, vale a
pena
Não custa nada é de
graça.
Tenha Deus no coração
Faça o bem, não olhe a
quem
Pois alguém fará também
Nos todos somos irmãos
Não deixe que a ambição
Transforme a vida em
fumaça
E quem um irmão abraça
É Deus regendo esta
cena
Seja humilde, vale a
pena
Não custa nada é de
graça.
-Henrique Brandão-
(Serra Talhada – 24/02/2013)
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