Vou fazer uma nova tentativa
Como a planta que dentro das escolhas
Necessita perder as próprias folhas
Pra ganhar o direito de estar viva
Se a raiz do perdão for decisiva
Pra nutrir o que pode unir a gente
Vou virar uma planta diferente
Mas você nem precisa virar flor
Vou dar mais uma chance a esse amor
Nem que eu seja frustrado novamente!
Baseado no topo da verdade
Que protege infeliz, errado e louco
Vou tentar outra vez descer um pouco
Do tijolo da minha vaidade
Pra não ter que julgar sua vontade
Com mais uma vontade intransigente
Possa ser que a razão seja inocente
E o remorso condene a minha dor
Vou dar mais uma chance a esse amor
Nem que eu seja frustrado novamente!
Apesar de perder no seu verão
A colheita dos sonhos que plantei
Não deixei de ter fé, porque eu sei
Que o amor faz chover no coração
Vou plantar outra vez no mesmo chão
Que deixou de brotar minha semente
Confiante que o Céu daqui pra frente
Se transforme num grande regador
Vou dar mais uma chance a esse amor
Nem que eu seja frustrado novamente!
Águas turvas não deixam que eu enxergue
O tesouro das nossas profundezas
Mas eu vou enfrentando correntezas
Temporal, maremoto e “aicibergue”
Cada onda de dúvida que se ergue
Representa um perigo permanente
Mas eu vou lançar rede consciente
De que posso ser pesca ou pescador
Vou dar mais uma chance a esse amor
Nem que eu seja frustrado novamente!
-José Adalberto Ferreira-
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